O deputado gaúcho Ubiratan Sanderson (PL) foi às redes sociais e fez grave acusação contra o Governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. De acordo com o deputado, representantes do Executivo entraram em contato com parlamentares oferecendo a liberação de R$ 60 milhões em emendas “RP2” para os parlamentares que retirassem suas assinaturas para instalação da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que visa investigar os atos de 8 de janeiro. O parlamentar, contudo, não apresentou provas sobre o caso.
Ubiratan Sanderson não apresentou provas de acusações feitas / Luis Macedo/Câmara dos Deputados
Atualmente, a CPMI conta com assinaturas de 186 deputados e 33 senadores, número mais que suficiente para a instalação imediata da investigação. Já havia rumores de que parlamentares em primeiro mandato receberam ameaças de não terem a liberação das emendas caso mantenham as assinaturas. Ontem, contudo, houve a nova acusação.
As emendas RP2 são destinações de recursos indicadas pelas bancadas parlamentares, mas não são impositivas. Assim, cabe ao Governo Federal a liberação dos valores de acordo com critérios que não são claros, o que faz com que o Executivo, historicamente, utilize a liberação dos recursos como forma de barganhar apoio.
Na postagem do deputado Ubiratan Sanderson, ele afirma categoricamente que recebeu informações nesse sentido. “Recebi a informação de que emissários do governo Lula estão oferecendo R$ 60 milhões em emendas para quem retirar a assinatura do requerimento para instalação da CPMI do 8 de janeiro. Em confirmando, vou buscar responsabilizar os envolvidos pela prática de corrupção ativa e passiva”, afirmou o parlamentar.
Até o início da noite de ontem, o Governo Federal não havia se manifestado sobre a acusação, assim como o parlamentar não apresentou elementos que comprovem a suposta tentativa por parte do Executivo.
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