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Vantagem: Brasil jogou menos tempo que a Croácia no Catar e tem jogadores mais jovens



Brasil e Croácia vão se enfrentar pelas quartas de final da Copa do Mundo valendo vaga na semifinal da competição. A partida vai acontecer no Estádio da Cidade da Educação, em Doha, no Catar, às 12 horas (de Brasília). A equipe comandada pelo técnico Tite tem uma vantagem: Jogou 135 minutos a menos que veteranos croatas.

Os minutos em campo a menos do que o adversário, fruto do casamento entre a estratégia de ter poupado os titulares contra Camarões, no terceiro jogo da fase de grupos, e o fato de os croatas terem se classificado somente nos pênaltis diante do Japão, nas oitavas de final.


Os dados da Fifa apontam que a Croácia esteve em campo por 434 minutos nesta Copa, considerando os acréscimos das quatro partidas feitas até agora e a prorrogação. O técnico do time europeu, Zlatko Dalic, não conseguiu poupar seu time na primeira fase, já que os croatas só se classificaram em sua terceira partida.


A minutagem geral do time principal do Brasil, levando em conta as duas primeiras partidas da fase de grupos e o duelo com a Coreia do Sul pelas oitavas, bateu 299 minutos. Se o técnico Tite não tivesse poupado o Brasil contra os camaroneses, a diferença seria de 30 minutos - a duração protocolar da prorrogação -, já que o jogo diante de Camarões teve, ao todo, 15 minutos de acréscimos.


"A distância da fase de grupos para oitavas é curta. Mas até sexta tem tempo hábil para recuperar. Esses 30 minutos de alguma forma podem nos favorecer, mas acho que não fará muita diferença. Temos que entrar com a mesma atitude de hoje [segunda-feira (5)], com coragem, mostrando futebol alegre e para frente, sem deixar lá atrás desguarnecido", avaliou o zagueiro e capitão do Brasil, Thiago Silva.

"Talvez esteja escrito no céu que a Croácia tem que vencer assim", respondeu o zagueiro Dejan Lovren. A Croácia tem o que já é uma tradição de sobreviver a prorrogações, mas possui uma base envelhecida. É a mesma que obteve o vice há quatro anos. Da equipe que enfrentou os japoneses na última segunda-feira (5), Lovren, 33, Modric, 37, Perisic, 33, Brozovic, 30, e Kramaric, 31, também atuaram na final em 2018.

"Somos 4 milhões de croatas. O que fizemos nos últimos anos é um milagre", afirmou o técnico Zlatko Dalic, comparando a população de seu país com os mais de 200 milhões brasileiros. "Somos como um bairro de uma cidade brasileira."

Brasil e Croácia já se enfrentaram duas vezes em Copas do Mundo. O primeiro encontro aconteceu na fase de grupos da edição de 2006, na Alemanha, e os brasileiros saíram com a vitória por 1 a 0, com gol marcado por Kaká. O outro confronto aconteceu em 2014, também na primeira fase, e novamente teve triunfo da Seleção, por 3 a 1, com dois tentos de Neymar e um de Oscar.

Escalação

O técnico Tite deverá mais uma vez ter de apelar para o improviso na Copa do Mundo. Ainda que tenha voltado a treinar com bola na quarta-feira, o lateral-esquerdo Alex Sandro dificilmente terá condições de enfrentar a Croácia nesta sexta-feira, pelas quartas de final do Mundial. A escalação do jogador da Juventus dependerá de seu desempenho no treino desta quinta, mas o treinador brasileiro demonstrou pouca esperança de poder contar com o titular.


"Ele vai treinar à tarde para poder estar disponível para o jogo Mas a tendência é não participar, porque não há ainda um trabalho muito forte. São lesões diferentes em relação ao Neymar", afirmou o técnico Tite durante coletiva de imprensa realizada em Doha.


Alex Sandro se lesionou no segundo tempo da vitória sobre a Suíça, na segunda-feira da semana passada. Ele foi diagnosticado com uma lesão muscular no quadril, e desde então se dedicou quase que integralmente à fisioterapia. Na terça, ele correu em volta do gramado do CT da seleção e, no dia seguinte, treinou pela primeira vez com bola. A recuperação dos últimos dias deram um indicativo de que ele teria condições de enfrentar a Croácia, mas nesta quinta Tire admitiu o pessimismo.


Caso realmente não tenha condições de jogo, o lateral-direito Danilo deverá novamente ser utilizado no lado esquerdo. Dessa forma, Eder Militão voltaria a ser improvisado na direita. Daniel Alves corre por fora para ficar com essa vaga.


Diante da Coreia do Sul, nas oitavas de final, Danilo atuou na ala esquerda e foi bem. Ele se colocou novamente à disposição para jogar daquele lado na partida desta sexta-feira. "Em relação a jogar na direita, esquerda ou centro da defesa, para mim é indiferente. Já mostrei diversas vezes. Para mim é algo natural", destacou.


O jogador, contudo, não quis dar qualquer pista sobre se irá de fato ser improvisado novamente na Copa do Mundo. "O professor vai decidir a melhor maneira, certamente". E, quando foi indagado sobre em qual lado atuaria na sexta, brincou: "dentro do campo".

Ficha técnica


Brasil: Alisson; Éder Militão, Thiago Silva, Marquinhos, Danilo (Alex Sandro); Casemiro, Lucas Paquetá; Raphinha, Neymar, Vini Jr; Richarlison. Téc: Tite

Croácia: Livakovic; Juranovic, Lovren, Gvardiol, Barisic; Modric, Brozovic, Kovacic; Kramaric, Livaja (Petkovic), Perisic. Téc: Zlatko Dalic

Hora - 12h (de Brasília) Local: Estádio Cidade da Educação, em Doha (QAT) Árbitro: Michael Oliver (ING) Assistentes: Stuart Burt (ING) e Gary Beswick (ING) VAR: Pol Van Boekel (HOL)

Cinco pontos importantes sobre a equipe croata

A Croácia será o adversária do Brasil nas quartas de final da Copa do Mundo. Antes de a bola rolar, a FIFA fez uma lista de pontos de atenção para o confronto, baseado na campanha dos croatas e especialmente no duelo de oitavas de final contra o Japão. O cérebro O tempo passa para todos os jogadores, mas Luka Modric desafia a lógica. Quatro anos depois de ganhar a Bola de Ouro na Copa do Mundo da Rússia, o craque croata segue desfilando seu futebol nos gramados do Qatar. Todo o jogo do time passa pelos pés do maestro, que é a grande esperança de jogadas ofensivas para a Croácia. Líderes envelhecidos Vice-campeã mundial em 2018, a Croácia mantém a força do time que chegou à final contra a França. É preciso cuidado com vários dos jogadores remanescentes, atletas do quilate de Ivan Perisic, Dejan Lovren e Mateo Kovacic. Mas eles estão quatro anos mais velhos, e a juventude do ataque brasileiro pode castigar os croatas. O construtor mascarado Josko Gvardiol tem apenas 20 anos, mas já é um dos principais jogadores da Croácia nessa Copa do Mundo. O zagueiro não só garante a segurança na retaguarda croata, como é uma boa opção para a saída de jogo da equipe. Não é raro vê-lo avançando com a bola nos pés e encontrando passes que quebram as linhas, ligando a defesa ao meio e ao ataque da seleção. Saída pelos lados Contra o Japão, a Croácia mostrou certa dificuldade para marcar as investidas pelas laterais do campo. É um ponto de atenção para o Brasil, que tem justamente nas jogadas pelos lados uma de suas maiores forças. Se quiser confundir a defesa da Croácia, o balanço de bola entre pontas como Vinícius e Raphinha pode ser fundamental para a Seleção. Não deixar para os pênaltis Entre todas as dicas, talvez essa seja a mais essencial. A Croácia ganhou dos Japão nos pênaltis, com três defesas de Dominik Livakovic. Ao todo, os croatas já disputaram três decisão por pênaltis na história da Copa do Mundo. E ganharam todas as três (duas em 2018 e esta contra os japoneses no Qatar). Ou seja, em qualquer hipótese, é melhor prevenir do que remediar.

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