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Tráfego é liberado na Felizardo Moura após chuva causar danos

O tráfego de veículos voltou a fluir nos dois sentidos da Av. Felizardo Moura no fim da tarde desta segunda-feira (27), de acordo com a Secretaria de Mobilidade Urbana de Natal (STTU). A retomada acontece após reparos na via, que apresentou danos depois das chuvas desse domingo (26). Segundo a STTU, o trecho da avenida foi recuperado e já tem tráfego liberado nos dois sentidos. Antes, enquanto o reparo era realizado, o fluxo de veículos operava apenas para o transporte público.



Deslizamento na avenida Felizardo Moura não vai afetar cronograma de obra no local, segundo a Secretaria de Infraestrutura / Magnus Nascimento


Com o deslizamento de terra que aconteceu neste domingo (26) em trecho na avenida Felizardo Moura sentido zona norte, a Secretaria Municipal de Infraestrutura (Seinfra) decidiu fazer uma espécie de enrocamento na margem do asfalto para impedir que a água se acumule e escoe para as residências, em caso de chuvas fortes. O trânsito ficou com restrições até a normalização completa da via. O secretário de infraestrutura de Natal, Carlson Gomes, afirmou que a obra de ampliação da avenida, em curso desde o início do ano, não foi afetada pelos estragos com as chuvas na capital. O cronograma segue inalterado.

“A obra segue um cronograma. Houve um pequeno atraso em si nesses últimos dias de insegurança aqui no nosso estado, onde a empresa teve que recolher parte das máquinas porque estava com receio de vandalismo, mas continuamos trabalhando normalmente”, diz o secretário de infraestrutura, Carlson Gomes. Ainda de acordo com ele, o deslizamento não causou prejuízo no investimento total da obra, que é de R$ 43 milhões e os atrasos que aconteceram foram referentes a onda de ataques que passou pelo Rio Grande do Norte nas ultimas semanas.


De acordo com a empresa responsável, CGR, esse “enrocamento” é uma proteção com pedras para que o barro não escoe junto com a água. Sacos de areia também serão colocados provisoriamente para proteger as casas. Essa etapa também visa preservar o asfalto, já que a areia que ficava por baixo da pista escoou e, por isso, a faixa precisou ser interditada. A perspectiva é que todas essas etapas impeçam novos acidentes nesse trecho.

Além disso, a empresa contratada adianta a construção de um muro de contenção que já era previsto no plano de obras. Essa etapa corresponde aà calçada e a ciclovia da avenida. Segundo a CGR, esse muro também preveniu maiores danos às residências, já que conteve grande parte dos sedimentos.

A água escoou por baixo de um muro sem fundação em uma das residências. Por sorte, a construção também não desabou. A lama que se formou invadiu a casa do comerciante, Amauri da Silva, 53, que foi surpreendido no final da tarde do domingo. O comerciante conta que precisou colocar pedras na porta da frente para frear a entrada da água. Enquanto trabalhadores retiravam a grande quantidade do barro da porta da sua casa, ele precisava lidar com a lama que passou da sala até a cozinha.

“Eu estava em casa, né. Pegue água, pegue água, e eu posso fazer o quê? Coloquei só umas pedras aqui para a água não passar”, relata. O comerciante já mora no local há mais de 50 anos e relata que por sorte seus móveis não estão mais na residência e sim na casa que fica por trás. “Se tivesse aqui tinha acabado com tudo. É complicado, mas na outra chuva também tinha entrado”, completa.


A dona de casa, Francisca Freitas, 65, é vizinha de seu Amauri. Foi pelo seu muro que a água entrou sala adentro na casa do comerciante. De acordo com ela, a noite foi tensa e rodeada de medo da chuva causar mais estragos. “A gente teve medo, né. Passamos a noite todinha com medo da chuva invadir tudo”, disse.

De acordo com seu marido, o aposentado Francisco de Assis, 65, o problema é frequente naquele trecho e a água chega a levar até carros. “Essa água quando desce é em alta velocidade, leva até carro”, relata. Ambos saíram de casa na manhã passada e deram de cara um morro de areia que tomava parte do portão de entrada. O aposentado chegou a cair assim que saiu, mas não se machucou.


Nesta segunda-feira (27), o setor de Meteorologia da Emparn explicou que a expectativa é que o RN siga com fortes chuvas nos próximos dias e emitiu alerta para 99 cidades, com duração a te´esta manhã (28). Confira as cidades no portal da TRIBUNA DO NORTE. No fim de semana, o Estado acumulou chuvas superiores a 120mm. Parnamirim superou os 100mm e Natal acumulou 90mm em menos de 24 horas.


Igapó

Um outro problema persiste há cerca de cinco anos. Moradores da rua Nossa Senhora do Ó, no bairro de Igapó, precisam lidar com um buraco que toma parte das calçadas e, em épocas de chuva, transborda levando a água para dentro das residências. De acordo com o líder comunitário, Paulo Victor, 24, em 2018 a quantidade de água acumulada fez o calçamento ceder. Nesse momento, a prefeitura através da empresa Costal arrumou o problema.

No entanto, com as fortes chuvas de julho de 2022 passado, abriu-se uma cratera no cruzamento com a rua Santo Inácio de Loyola. Desde então, de acordo com ele, a prefeitura tem realizado trabalhos pontuais, que não resolveram o problema e nem dá perspectiva de resolução. Agora, a obra está parada com a promessa da construção de uma galeria.

Segundo a Seinfra, o próximo passo é fazer uma nova galeria de águas fluviais com tubulação feita de concreto protendido para garantir a durabilidade. “Fizemos a limpeza, estamos confeccionando a placa e vamos fazer aí uma nova galeria, tirando a galeria antiga de tubos e vamos fazer uma galeria de cimento”, diz Carlson.

Enquanto isso, cerca de quatro residências foram abandonadas ou colocadas à venda naquela rua. Grande parte das casas também construíram pequenos batentes ou muretas nas portas e garagens para impedir a entrada da água, toda vez que a cratera transborda. A população protesta, coloca faixas, denuncia nas redes sociais, mas nada parece surtir efeito. Reclamam, inclusive, do esquecimento da zona norte da cidade.

Na chuva deste domingo, moradores precisaram desligar a energia por medo de acidentes. “A água subiu um metro aqui, precisei desligar o medidor, porque a água encostou. Tá vendo esse muro? A água passou por cima. Já abandonaram aqui, tem casa à venda, mas quem quer comprar?”, questiona o carpinteiro Francisco Canindé, 67.


O assistente administrativo, Valdomiro Ribeiro, 60, conta que até desistiu de mobiliar a casa para evitar estragos e transtornos futuros. “A gente vem sofrendo com essas chuvas, né. Eu mesmo não compro móveis mais não, senta tudo no chão tipo japonês. Nós estamos sofrendo há muito tempo”, relata.



Com informações da Tribuna do Norte.

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