A febre maculosa tem chamado a atenção do Brasil, por conta dos casos na cidade de Campinas. No entanto, no RN, a situação até aqui é tranquila e, segundo o infectologista André Prudente, não há histórico de grandes surtos da doença no Estado. O Estado só teve um caso, entre 2019 e 2022.

Prefeitura de Jundiaí
"É uma doença provocada por bactérias da família Rickettsia, sendo transmitida através da picada de carrapatos contaminados. Ela é conhecida há algumas décadas, e nunca gerou grandes preocupações em relação a epidemias, tendo apenas alguns surtos locais.", afirmou Prudente.
O infectologista também explicou como funciona a transmissão. "Ela só é transmitida através da picada do carrapato que está contaminado, não sendo transmissível de humano para humano. Portanto, as pessoas com febre maculosa não precisam de isolamento, pois não transmitem para outras pessoas", indicou.
Para Prudente, os potiguares podem se considerar seguros em relação à doença, pois o estado não tem um histórico grande de contaminação. Além disso, ele apontou que o clima influencia bastante na ocorrência da doença, e que há uma concentração maior de casos na região sudeste do país. Segundo dados da Secretaria Estadual de Saúde Pública (Sesap), somente houve um caso confirmado de febre maculosa no RN entre 2019 e 2022, na cidade de Mossoró.
Devido à transmissão se dar através do contato com o carrapato contaminado, o médico fez questão de ressaltar os cuidados ao lidar com animais como bois e cavalos, que são potenciais hospedeiros do animal infectado. "Infelizmente não existe vacina contra a doença, e nem medicamentos que possam evitar a transmissão. Então a prevenção é basicamente evitar o contato. As pessoas que lidam com animais como cavalos e bois devem usar botas, calças compridas, camisas com mangas longas, para diminuir as chances de picada desse carrapato", concluiu o infectologista.
Variante
Uma nova variante do coronavírus já está em circulação no Brasil. A variante Arcturus é uma evolução da ômicron, e já teve casos registrados em São Paulo e na Bahia. No momento, o Rio Grande do Norte não registrou nenhum caso de infecção pela Arcturus.
"A diferença do vírus selvagem, do vírus original, para as variantes é principalmente na transmissão, e às vezes em um ou outro sintoma. Nessa variante, temos a conjuntivite como sintoma predominante. Mas os exames e tratamentos continuam sendo os mesmos, pois continua sendo o mesmo vírus, mas com algumas variações", disse ele.
Identificada inicialmente na Índia, a variante Arcturus tem como características a ocorrência de conjuntivite, tosse seca, dor no corpo e demais sintomas gripais. De acordo com Prudente, as vacinas atuais seguem sendo eficientes contra a nova variante, principalmente a bivalente, que é o tipo de imunizante aplicado atualmente.
"A vacinação é importantíssima, não apenas como proteção individual, mas também de forma coletiva. Se conseguíssemos vacinar todo mundo ao mesmo tempo, até as variantes deixariam de surgir com tanta frequência, pois há o surgimento quando ainda ocorre transmissão", lembrou o infectologista.
Com informações da Tribuna do Norte.
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