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Pedestres e motoristas enfrentam riscos em passarelas e viaduto sem manutenção

O motorista que trafega pela rua Professor José Melquíades, no bairro Santos Reis, zona Leste de Natal, e quer chegar à ponte Newton Navarro precisa passar pelo viaduto, mas se depara com a ausência do guarda-corpo de proteção. Esse é um dos equipamentos de mobilidade da cidade que não está na sua condição ideal para o tráfego. O mesmo acontece em passarelas de pedestres da cidade. Sem a estrutura adequada, esses equipamentos oferecem riscos de acidentes para quem trafega, sejam motoristas ou pedestres.



Anísio de Souza tem dificuldade para subir passarela sem rampa de acesso na Av. Salgado Filho / Magnus Nascimento


A reportagem da TRIBUNA DO NORTE foi conferir alguns desses, dentre eles o viaduto da Praia do Forte. Na pista superior, centenas de carros e motos passam por minuto em direção à ponte que dá acesso à zona Norte da capital potiguar.


A estrutura está praticamente sem as grades de proteção lateral, deixando os veículos expostos. O motorista de aplicativo e engenheiro civil, Francisco Hélio, sugere atenção a quem trafega pelo trecho que está sem o guarda-corpo, especialmente quem passa por lá sob duas rodas. "O guardrail é a proteção de uma curva. Sem ela, a estrada está insegura. É capaz de carro vir aí e 'imprensar' uma motocicleta, e essa moto cair à parte de baixo. Então, está muito perigoso uma pessoa passar por aí, tombar e vir a cair", alerta o motorista.


O viaduto está em uma rodovia estadual. O Governo do Estado informou em nota que a Secretaria de Estado da Infraestrutura (SIN) “designou engenheiros ao local, há alguns dias, que fizeram duas inspeções às estruturas do monumento arquitetônico para coleta de dados que serão usados para análise e elaboração de um relatório técnico de avaliação e proposição”. A nota diz ainda que “o relatório, entre outros aspectos, deve apontar que tipo de intervenções serão eventualmente necessárias e seus respectivos custos”. Contudo, não mencionou prazos.

Além dos condutores de veículos, os pedestres também reclamam dos problemas com equipamentos de mobilidade da Natal. As dificuldades se referem a pelo menos três passarelas sobre vias movimentadas da cidade. Os problemas vão desde a falta de manutenção e acessibilidade, passando por sujeira e interdição para obras.



Viaduto de Santos Reis, que dá acesso à Ponte Newton Navarro, está sem as proteções laterais / Magnus Nascimento


Reformada em 2021, a passarela da Avenida Salgado Filho, nas proximidades do viaduto templo da Igreja Universal do Reino de Deus, não apresenta problemas na estrutura mas, sim, na acessibilidade. Na calçada lateral da igreja há uma rampa de acesso para cadeirantes e pessoas com dificuldade na locomoção, mas do outro lado, a descida só é possível por escadas, quando antes se usava uma plataforma.

O aposentado Anísio de Souza, 76 anos, sente falta dessa plataforma. Após sessão de fisioterapia que faz num hospital próximo, ele precisa cruzar a via por meio da passarela e relata a dificuldade para descê-la e tomar o ônibus de volta para casa, em Nova Parnamirim, na cidade vizinha.


“Quando fizeram essa obra na primeira vez tinha elevador, mas nessa agora tiraram. É difícil usá-la porque você pisa no lixo, na urina, também fede. Somado a isso tem o risco de queda também. É difícil andar aqui”, destacou o idoso, que tem dificuldade para se equilibrar, seqüela da covid-19. Por isso, se apóia em uma bengala.

Já na passarela da Avenida Nevaldo Rocha, no bairro das Quintas, zona Oeste, a situação é diferente. Deteriorada ao longo dos anos, a estrutura começou a ficar comprometida, com pedaços de metal soltando, o que ensejou um pedido de isolamento do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do RN (CREA) no ano passado. Atualmente, o equipamento está em obras, com as entradas liberadas apenas para os trabalhadores.


Enquanto o serviço não é concluído, os moradores que precisam cruzar a avenida sentem falta do equipamento de travessia. “É de extrema importância a passarela. Onde não tem sinalização adequada, onde o fluxo de carro é muito grande, a gente só queria que os governos trabalhassem visando a necessidade do pedestre, de locomoção e travessias. O risco aqui é constante”, relata o agente de endemias, Ricácio Máximo.

Enquanto isso, a passarela da Avenida Prudente de Morais, em Lagoa Nova, próxima à Arena das Dunas e à ponte estaiada, sofre corrosões. Revestida em metal, partes da estrutura feita para a Copa do Mundo de 2014 sofre com oxidação, que tem danificado os corrimões. Há um trecho em que um pedaço de metal já se desprendeu, o que pode ocasionar pequenos incidentes para quem transita por lá.

A Prefeitura do Natal foi procurada, por meio da Secretaria de Mobilidade Urbana (STTU) para esclarecer sobre a manutenção, acessibilidade e resolução dos problemas citados nas passarelas, mas até o fechamento desta edição nada respondeu.




Com informações da Tribuna do Norte.

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