Leão XIV pede que a Igreja seja pescadora de famílias afastadas e as salve do mal
- 91 FM NATAL
- 2 de jun.
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O papa Leão XIV enfatizou a necessidade de os membros da Igreja se tornarem “pescadores” de famílias feridas e afastadas, para salvá-las das “águas do mal” por meio de um encontro com Cristo.
O papa falava aos participantes de um evento promovido pelo Dicastério para os Leigos, a Família e a Vida da Santa Sé sobre o tema: "Evangelizar com as famílias de hoje e de amanhã. Desafios eclesiológicos e pastorais".
Segundo Leão XIV, esse tema "expressa bem a preocupação maternal da Igreja com as famílias cristãs (...) membros vivos do Corpo Místico de Cristo e o primeiro núcleo eclesial ao qual o Senhor confia a transmissão da fé e do Evangelho, especialmente às novas gerações".
Crescente busca pela espiritualidade
O papa disse que “a profunda questão do infinito, inscrita no coração de cada homem, confere aos pais e mães de família a tarefa de conscientizar seus filhos sobre a Paternidade de Deus”.
Leão XIV disse também que atualmente há uma "crescente busca pela espiritualidade", especialmente entre os jovens, "que desejam relações autênticas e mestres de vida".
“Por isso, é importante que a comunidade cristã saiba lançar um olhar ao longe, tornando-se guardiã, diante dos desafios do mundo, do anseio de fé que habita o coração de cada um”, disse o papa.
Assim, Leão XIV destacou a urgência de dar atenção especial às famílias que “estão espiritualmente mais distantes”, mas querem fazer parte de uma comunidade com a qual caminhar.
Privatização da fé
O papa criticou a “privatização” da fé, a tendência a reduzi-la a um assunto privado, sem expressá-la, esquecendo seu caráter missionário, o que muitas vezes impede essas pessoas de “conhecer a riqueza e os dons da Igreja”.
Com isso, “muitos acabam se apoiando em falsos apoios que, não suportando o peso de suas necessidades mais profundas, os fazem deslizar novamente, distanciando-os de Deus e fazendo-os naufragar num mar de solicitações mundanas”, disse o papa.
Nessas situações são propostos "modelos ilusórios de vida, onde não há espaço para a fé, para cuja difusão contribui, em grande medida, o uso distorcido de meios potencialmente bons em si mesmos, como as redes sociais, mas nocivos quando transformados em veículos de mensagens enganosas".
Ajudando os jovens a descobrir o matrimônio cristão
Leão XIV disse que, diante dessa realidade, a Igreja Católica deve “pescar” essa humanidade, “para salvá-la das águas do mal e da morte através do encontro com Cristo”.
O papa citou, por exemplo, os jovens que escolhem a coabitação em vez do casamento cristão, enfatizando que eles precisam de "alguém que lhes mostre de maneira concreta e compreensível, sobretudo com o exemplo de vida, o que é o dom da graça sacramental e qual a força que dela provém".
Leão XIV disse também que os pais devem ter o apoio das comunidades na educação religiosa de seus filhos.
“A fé é, primeiramente, uma resposta a um olhar de amor, e o maior erro que podemos cometer como cristãos é, nas palavras de santo Agostinho, ‘pretender que a graça de Cristo consista no seu exemplo e não no dom da sua pessoa’ ”, disse o papa.
ACI DIGITAL
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