Homenagem a Tim Maia: Jô Bay conduz nova edição do Bayle Black neste sábado
- 91 FM NATAL
- 26 de jul. de 2024
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Um tributo à alma negra da música brasileira. Será com todo balanço e identidade que o cantor Jô Bay vai conduzir a nova edição de seu Bayle Black, neste sábado (27), a partir das 19h, na Cervejaria Resistência, em Ponta Negra. Ao lado de uma big band com 15 músicos, o artista fará seu tradicional show de homenagem a Tim Maia, e a outros astros da música preta brasileira. A noite vai contar ainda com discotecagens suingadas de Gracinha, Astrovagant e T. Yuri.
Jô Bay tem 10 anos de estrada na música, e costumava ser comparado fisicamente a Tim Maia desde o começo. Mas para ele, a sintonia sempre foi muito além disso. “Eu sou preto, periférico, e gosto de música. Então Tim Maia era uma referência natural para mim, mas que também serviu de entrada para muitos outros artistas brasileiros que fizeram a música soul ao seu modo”, explica.
Para o seu “bayle” de sábado à noite, Bay pensou em um apanhado representativo de artistas negros brasileiros envolvidos com soul e funk, como Sandra de Sá, Tony Tornado, Cassiano, Gilberto Gil, Djavan, entre outros. Mas claro, Tim Maia e seus muitos clássicos terão a prioridade. O cantor destaca o momento em que reviverá o antológico encontro de Tim com Gal Costa em “Um dia de domingo”, com a voz já gravada da cantora. “Nessa parte eu sempre choro, não tem jeito”, diz.
Outro destaque do show é a própria banda de Jô Bay, composta por 15 músicos – incluindo um naipe de metais para dar o suingue que o funk & soul pedem. Segundo o cantor, essa banda só existe porque é formada na maioria por grandes amigos.
“Tem gente no grupo que está comigo desde quando eu cantava forró, e mais pessoas foram chegando ao longo do tempo. A gente faz esse show umas duas vezes por ano, e mesmo assim é super difícil reunir tanta gente. Mas eles é que não deixam o projeto acabar, a gente ama fazer isso”, conta.
Do forró ao soul
Jô Bay canta desde os oito anos de idade. Luiz Gonzaga, apresentado pela avó, foi sua primeira referência musical importante. “Aprendi a tocar sanfona por causa dele, mas como era um instrumento muito pesado pra mim, troquei pelo violão que meu irmão tinha abandonado”, diz. Adolescente, passou a cantar em bandas de forró, e depois nos bares, com voz, violão e muito soul.
O cantor também compõe, mas afirma que por enquanto prefere focar em ser intérprete. “Interpretar é pegar a música para si e moldá-la ao seu jeito. E eu tenho um apego grande pelo som dos anos 70 e 80, faz parte da minha identidade”, conta ele, que conheceu Tim Maia através da mãe, que ouvia um disco ao vivo do ‘Síndico’ toda vez que ia limpar a casa. “Em agosto vou completar os 10 anos oficiais de palco, e já tem um show pensado especialmente para isso”, avisa.
Serviço:
Bayle Black com Jô Bay e DJs. Dia 27 (sábado), às 19h, na Cervejaria Resistência, Ponta Negra. Vendas no local ou Whatsapp (84) 99101-8142.
Tribuna do Norte
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