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Curso gratuito do IMD garante inclusão digital para idosos



Criado em 2016, o Projeto de Extensão Inclusão Digital para Idosos (ProEIDI), do Instituto Metrópole Digital (IMD), da UFRN, já formou cerca de 800 idosos em cursos de smartphone básico e avançado, computador e pensamento computacional. No último sábado (15), foi a vez de 122 alunos, de oito turmas, concluírem a formação. Os cursos são gratuitos, destinados a pessoas acima dos 60 anos e acontecem a cada seis meses. Ainda não há uma estimativa de abertura das novas turmas, mas já há 180 candidatos na fila de espera por uma vaga.



A confeiteira Suetânia Mendes, de 65 anos, estava entre os alunos que se formaram no último sábado. Feliz com a conclusão, ela relata que as aulas trouxeram resultados para sua rotina. “Me sinto outra pessoa, porque antes eu não sabia pedir sequer um transporte por aplicativo. Isso era horrível. Mas o curso me trouxe independência. Hoje faço tudo praticamente sozinha no celular ou no computador e até divulgo meu trabalho nas redes sociais”, afirma.


Confeiteira Suetânia Mendes, 65 anos, se formou no sábado (15) – Foto: Magnus Nascimento



O aposentado Paulo Couto, de 67 anos, diz que o curso garante inclusão para os idosos em uma sociedade totalmente digital. “O curso é ótimo, porque nos inclui na sociedade atual. Geralmente, ficamos à margem, fora desse ambiente digital. E, em casa, sozinhos, quase sempre não conseguimos aprender a utilizar essas ferramentas”, conta ele.



Ele descreve, animado, todo o aprendizado que alcançou durante as aulas. “Aprendi a identificar se um site é seguro, se tem vírus. Gostei de tudo, desde os conteúdos ao relacionamento com os professores e monitores, tanto quanto do relacionamento com os alunos”, detalha o aposentado.



A coordenadora do ProEIDI, Isabela Nunes, afirma que os cursos desenvolvem as habilidades cognitivas dos estudantes. “O curso de pensamento computacional é uma das primeiras disciplinas que nossos alunos aqui da graduação de Tecnologia da Informação da UFRN têm. E a gente traz essa disciplina para os idosos”, conta.

Com isso, os participantes começam a entender como o computador pensa e como funciona. “O curso culmina com eles fazendo alguns programas. Com isso, nossos idosos desenvolvem raciocínio lógico, resolução de problemas e uma coisa importantíssima, as habilidades cognitivas”, explica Isabela Nunes.



Segundo ela, este último ponto é fundamental porque o envelhecimento reduz as habilidades. “Mas aqui há depoimentos de alunos que afirmaram ter ouvido do médico que houve um desenvolvimento mais rápido dessas habilidades, após o curso de pensamento computacional”, destaca a coordenadora.



Nos cursos, são ensinadas atividades básicas relacionadas a computadores e celulares, como o uso de ferramentas para escrever e enviar textos, além de noções básicas de smartphone, como ligar o aparelho – até as mais avançadas, como o uso de aplicativos para transporte ou para pedir comida. “Muitos dos nossos idosos ainda estão no mundo do trabalho e precisam conhecer atividades básicas que servem para a rotina laboral deles”, enfatiza a coordenadora.



A parte de programação foi o que mais instigou Dona Suetânia. “Aprendi muitas coisas, inclusive, a programar. Eu sempre pedia à minha filha para ensinar a usar o smartphone, mas ela acabava fazendo por mim. Só que eu queria isso, aprender. Vim para cá quando ela foi aprovada em Tecnologia da Informação e virou professora do projeto. Já fiz todos os cursos”, diz.



Novas turmas devem ser abertas no segundo semestre, mas ainda não há uma definição de datas para inscrições. Interessados podem acompanhar as redes sociais do projeto (@proeidi) ou procurar o IMD, no mês de agosto.



Tribuna do Norte.

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