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BC mantém juros a 13,75% pela 5ª vez consecutiva

  • Foto do escritor: Marcelo Furtado
    Marcelo Furtado
  • 23 de mar. de 2023
  • 2 min de leitura

Em meio às pressões do governo pela queda nos juros, mas ainda no escuro sobre a proposta da equipe econômica de novo arcabouço fiscal para o País, o Banco Central seguiu o plano de voo e manteve a taxa Selic em 13,75% ao ano pela quinta vez seguida no Comitê de Política Monetária (Copom). A segunda manutenção da Selic já no atual governo era consenso no mercado diante da estratégia anunciada pelo Copom de estabilidade da taxa neste patamar por um período "suficientemente prolongado" e mantém a Selic no maior nível desde janeiro de 2017.



Marcello Casal Jr/ Agência Brasil


Ao justificar a decisão desta quarta-feira (22), o BC avaliou que a decisão "é compatível com a estratégia de convergência da inflação para o redor da meta ao longo do horizonte relevante, que inclui os anos de 2023 e, em grau maior, de 2024". "Sem prejuízo de seu objetivo fundamental de assegurar a estabilidade de preços, essa decisão também implica suavização das flutuações do nível de atividade econômica e fomento do pleno emprego", diz o comunicado do BC.

Além das reiteradas críticas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do PT à condução da política monetária sob o comando de Roberto Campos Neto, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, não perde a oportunidade de atacar o "maior juro real do mundo". Após a reoneração parcial da gasolina no começo de março, a equipe econômica dobrou a cobrança por uma sinalização do Copom sobre o início de um ciclo de queda na Selic.


Enquanto isso, o mercado segue ansioso por mais detalhes sobre a proposta de lei complementar de novo arcabouço fiscal, cuja apresentação Haddad prometeu para esta semana, mas Lula adiou para abril. As incertezas têm elevado as expectativas de inflação para 2023 e 2024, mas também para prazos de 2025 e 2026, fora do horizonte relevante do Copom.


No comunicado, o BC atualizou suas projeções para a inflação. No cenário de referência, que utiliza câmbio variando conforme a Paridade do Poder de Compra (PPC) e juros do Relatório de Mercado Focus, o BC alterou a projeção do IPCA de 2023 de 5,6% para 5,8%. Para 2024, que passou a ter mais peso no horizonte relevante, a atualização foi de 3,4 para 3,6%.

Mesmo com a estabilidade da taxa Selic, o Brasil continua a ter a maior taxa de juro real (descontada a inflação) do mundo, em uma lista com 40 economias. Cálculos do site MoneYou e da Infinity Asset Management indicam que o juro real brasileiro está agora em 6,94% ao ano. Em segundo lugar na lista, aparece o México (6,05%), seguido do Chile (4,92%). A média dos 40 países avaliados é de -1,92%.




Com informações da Tribuna do Norte.

 
 
 

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